Contextualizando...
Para iniciarmos nossa incrível jornada pelo conteúdo das aulas de História do 3° ano, faremos uma revisão bem geral do conteúdo até então estudado, mais especificamente a História a partir da Idade Média.
Grande parte das mudanças ocorridas na Europa a partir do século XVIII foram fortemente influenciadas por um movimento cultural que teve início no século XVII na França, segundo alguns historiadores. Esse movimento, segundo o professor NÃO SE TRATA DE UMA FILOSOFIA BURGUESA, e foi responsável por influenciar todas as camadas cultas das sociedade.
O nome desse movimento global (que influenciou a filosofia, a cultura, a política, a economia e a própria sociedade da época como um todo) é Iluminismo, e ele faz uma alusão ao período que o precedeu na Idade Média, conhecido como Idade das Trevas.
Isso se deve ao fato desta corrente de novas ideias buscar utilizar a razão humana como centro de conhecimento para libertar-se do domínio da fé que dominava e regrava a vida social como um todo.
Antecedentes
Alguns antecedentes históricos e filosóficos que influenciaram fortemente o Iluminismo foram:
=> A ciência e filosofia moderna com pensadores como:
- René Descartes (pai do Racionalismo) que trouxe a afirmação da razão humana, contra o Ceticismo (movimento que buscava encontrar falhas nas teorias e leis defendidas por quaisquer pensadores).
- Isaac Newton (pai da física moderna) que trouxe à tona a possibilidade da descoberta das Leis Universais, até então desconhecidas .
Filosofia Política Iluminista
A filosofia iluminista trouxe ao mundo alguns grandes pensadores como:
- John Locke (1632-1704) - considerado o pai do liberalismo ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo;
- Voltaire (1694-1778), defendia a liberdade de pensamento e não poupava críticas à intolerância religiosa;
- Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), defendia a ideia de um estado democrático que garanta igualdade para todos;
- Montesquieu (1689-1755), defendeu a divisão do poder político em três segmentos, conhecidos por Legislativo, Executivo e Judiciário - uma obra importante sua é "O espírito das Leis";
- David Hume (1711-1776) - foi um importante historiador e filósofo iluminista escocês. Refutou o princípio da casualidade e defendeu o livre-arbítrio e o ceticismo radical.
- Adam Smith (1723-1790) - economista e filósofo inglês. Grande defensor do liberalismo econômico.
- Immanuel Kant (1724-1804) - importante filósofo alemão, desenvolveu seus pensamentos nas áreas da epistemologia, ética e Metafísica.
Para John Locke, o homem era naturalmente bom, porém, com o passar do tempo, era corrompido pela sociedade. Ele acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada.
Por esses motivos, ele e outros iluministas eram contra as imposições de caráter religioso, contra práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero.
Vamos dar um destaque especial à John Locke, considerado um dos líderes da doutrina filosófica conhecida como empirismo e um dos ideólogos do liberalismo e do iluminismo. Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo teólogo e bispo francês Jacques Bossuet. Para ele, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Embora admitisse a supremacia do Estado, dizia que este deve respeitar as leis natural e civil.Locke também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade religiosa, recebendo por estas idéias forte oposição da Igreja Católica.
Para Locke, o poder deveria ser dividido em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com sua visão, o Poder Legislativo, por representar o povo, era o mais importante.
Sua filosofia possui alguns pontos interessantes que valem a pena ser relembrados:
- Todo homem é livre.
- Todo homem é igual.
- A sociedade se organiza por contrato.
=> Cabe ao Governo ou Estado fiscalizar o cumprimento dos contratos.
=> Economia - livre iniciativa dos homens livres e iguais.
- Existe uma desigualdade legítima - baseada nas escolhas individuais de todos os homens livres e iguais.
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